Relaxamento, Transe e Hipnose
Relaxamento pode ser entendido de duas maneiras diferentes: estado de baixa atividade ou processo de baixar a atividade, essas atividades podem ser tanto psíquicas quanto orgânicas.
Especialistas em relaxamento, como alguns budistas, podem nivelar o seu metabolismo de uma tal forma que entra em grau de hibernação (Benson, William 2001, congresso “Evolution of Psychotherapy” em Anaheim/ CA nos EUA).
O relaxamento é provocado em situações de atividades que exijam pouca atividade psíquica como mantras, orações, hiperventilação e meditação (quando compreendida enquanto pensar em nada). Num momento de baixa atividade psíquica, há baixo impacto do pensar sobre o corpo, deixando-o funcionar sem a intervenção do pensar e preocupações do dia a dia, podendo ser compreendido assim, como um estabilizador do humor natural.
O transe é definido, segundo a Hipnoterapia Educativa, como um pensar intenso e coerente (harmônico), o qual aumenta o impacto do pensar sobre o corpo, criando e/ou fortalecendo redes neurais.
O trauma pode ser compreendido como um pensar intenso onde ocorrem aprendizagens dolorosas intensas, dessa forma posto, entenda-se o trauma como um transe com conteúdos negativos, os quais tendem a provocar aprendizagens dolorosas e intensas para o indivíduo em questão.
A utilização de transe em psicoterapia serve para provocar aprendizagens tidas como saudáveis, alterando e/ou criando redes neurais de maneira a possibilitar um viver melhor.
Portanto, utilizar transe em psicoterapia é utilizar os mesmos processos psíquicos ocorridos durante um trauma, mas com conteúdos saudáveis.
Transe pode ser diferenciado de hipnose nos seguintes termos: enquanto o primeiro pode ser considerado como pensar de maneira intensa e concentrada, o segundo é mais o que pensar (se sobre o passado, dormência, ver o que não existe e afinas) durante esse momento, provocando os fenômenos chamados de hipnose, como pensar de maneira intensa sobre o passado traz lembranças nítidas, sendo esse o fenômeno chamado de hipermnésia.
Bayard Galvão
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