Psicoterapia Estratégica, com ou sem Hipnose
A Psicoterapia Estratégica, dentro da Hipnoterapia Educativa, é utilizável em diferentes distúrbios, como: alimentares, sexuais, de humor, ansiedade, pânico, dependência química, dificuldade de relacionamentos, psicossomáticos, dificuldade com auto-estima, timidez e outros.
A Psicoterapia, fazendo uso de hipnose ou não, é um processo que consiste três passos: (1) o diagnóstico; (2) objetivos/ pensamentos necessários e (3) a estratégia.
Diagnóstico
Por diagnóstico compreenda-se o conhecimento, na medida do necessário, da forma única de pensar, a qual cria o problema e/ou não permite que o indivíduo resolva a questão que lhe provoca dores. Assim como a percepção de qualquer ponto da sua realidade individual, a qual possa ser utilizada em prol dele.
Para ser feito um bom diagnóstico é necessário que o terapeuta busque ter uma observação do seu paciente em constante melhoria.
O diagnóstico pode ser feito utilizando-se de perguntas, em hipnose (com hipermnésia, regressão de idade ou pseudo-orientação no futuro) ou não, histórias, e/ou observação das atitudes corporais.
Vale lembrar, porém, que há perguntas que o terapeuta pode fazer, com a intenção de diagnóstico, que podem começar a criar no paciente os pensamentos com possibilidades de lhes serem terapêuticos, como: qual o significado da vida para você? O futuro que você quer para você é muito diferente do seu presente? Em que sentido?
Objetivos: aprendizagens terapêuticas
Por aprendizagens desejáveis entenda-se o que o paciente precisa, de acordo consigo e/ou psicoterapeuta, aprender, seja sobre si ou o viver. Por exemplo: se o paciente tiver medo da morte por não saber lidar com o fim, o que, de acordo consigo ou com o psicoterapeuta, ele precisaria aprender para superá-lo?
Há duas aprendizagens possíveis numa meta: (1) colocar ao paciente as respostas aos seus problemas; ou (2) Liberdade de Pensamento.
A segunda é sempre preferível à primeira, embora nem sempre possível. Há que se ter uma idéia clara do quanto determinado paciente pode chegar à uma conclusão terapêutica para si, por si. No caso, por exemplo, de alguém com formas viciadas de pensar (padrões que tragam principalmente dores), como indivíduos com alto risco de suicídio, não é aconselhável deixá-los chegarem por si a conclusões acerca de como lidar com a vida, pois podem apenas agravar alguns problemas.
A meta mais comum de psicoterapia é se conhecer, contudo, entender a si não em saber lidar consigo ou com a vida, além da verdade, derivada do autconhecimento, poder ser mais antiterapêutica do que qualquer coisa.
Estratégia
Por estratégias compreenda-se todo plano criado de como atingir as aprendizagens terapêuticas. Neste caso, a forma pela qual o terapeuta levará o paciente a pensar de uma maneira que lhe será curativa, na medida do possível.
Salienta-se que a principal forma de intervir em psicoterapia é a comunicação. Portanto, todos psicoterapeutas devem conhecer tanto de retórica quanto advogados ou grandes oradores.
Uma das melhores formas de provocar uma aprendizagem é através do passado, geralmente refletindo, durante a hipermnésia ou pseudo-orientação no futuro, sobre maneiras melhores de viver.
Comunicação
O terapeuta possibilita os pensamentos necessários ao paciente a partir da sua comunicação. A comunicação ocorre através das palavras, tons, expressões verbais, postura corporal, facial, entre outras.
Exemplificando:
- a palavra “justiça” usada pelo terapeuta pode passar diferentes posturas ao paciente como: de raiva, misericordiosa, piedade ou outra.
- o pai assistindo às injustiças na televisão fica irascível e comenta com o filho apenas: “ladrões!”, neste momento, muito mais está sendo feito comum, entre eles, além da palavra, pois está também “ensinando” ao filho como lidar com este tipo de situação.
O mesmo ocorre em psicoterapia. Daí a necessidade do terapeuta não apenas cuidar de sua aparência física e trato com os seres humanos, como refletir suas formas de se por perante diferentes situações da vida, buscando comunicar de forma adequada ao seu paciente não os seus valores, e sim valores saudáveis que envolvem o contexto do paciente.
Bayard Galvão
Deixe um comentário