O Medo da Morte
A morte é compreendida como o fim de um ser vivo, embora poucos considerem finita a vida, ela (morte) é geralmente tida como transformação, evolução e/ou outros.
O Ser Humano vive em média 70 anos, mais do que a maioria dos animais. A frase “a vida é curta” é discutível. Talvez fosse mais apurado afirmar que a vida é, no geral, mal vivida, então a impressão de ser curta, daí talvez a necessidade de matar a morte, tornando-a um momento da vida eterna.
O medo da morte pode, embora não sempre, ser proporcional a quão mal alguém viveu a própria vida. Para quem vive bem, a morte não vem como a lembrança de um dever para consigo mesmo. Montaigne dizia que o Ser Humano deveria dormir com a janela do quarto com vista para o cemitério, de forma a lembrar constantemente do próprio fim, facilitando a reflexão sobre o sentido da própria vida. Uma das melhores maneiras de lembrar e valorizar o doce é provando o seu oposto, ou seja, o não sabor de coisa alguma em “breve”.
Dessa maneira, a melhor forma de lidar com o medo da morte é saborear a própria vida, sendo que essa possibilidade pode ter como origem a Liberdade de Pensamento, isto é, tendo a noção de o quanto e no quê determinado indivíduo conseguiu perceber as próprias idéias, aceitá-las e/ou criticá-las, quando necessário, criando novas possibilidades acerca de determinado conhecimento.
Dr. Bayard Galvão
Psicólogo Clínico e Hipnoterapeuta
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