Casar
Casar é tornar-se de casa, fácil pelo movimento primeiro, difícil pelo verbo diário. São necessárias algumas virtudes para um relacionamento constante e freqüente, entre elas: prudência, lucidez, temperança, calma, tolerância, sagacidade e lealdade.
Prudência é necessária praticamente frente a qualquer decisão importante, é o ato de pensar antes de dizer ou fazer algo, não garante uma boa reflexão, mas a possibilita. Exercer essa atividade é agir contra o impulso do momento, assim, é quase um “puxar-se e fechar a própria boca”. Numa sociedade onde a passionalidade é exaltada e a racionalidade tida quase que como desumana, é criada uma postura contrária a essa virtude. Assim, em momentos de raiva, coisas erradas são ditas, com efeitos, por vezes, devastador, o mesmo vale ao escol he r fazer algo através do “coração” em dado momento sem reflexão, como confiar sem refletir se o indivíduo merece?
A lucidez é a compreensão de movimentos, ou seja, causas, ações e efeitos, sejam passados, presentes e/ou de possibilidades, referente ao ambiente, a si e/ou a outros. A prudência cria a possibilidade de luz frente ações a serem tomadas.
Entenda-se temperança enquanto saber dar a medida certa às coisas, nem pouco, nem muito sal, o ponto certo, acertar o remédio, mas não errar na dose. Essa virtude do viver já era considerada por Aristóteles como uma das principais do ser humano.
Essas poucas virtudes citadas são apenas algumas necessárias a um diálogo no casal.
Nietzsche coloca o casar como uma longa conversa, nesses termos diz ser o diálogo prazeroso essencial a esse relacionamento.
Como uma corrente de elos pode-se acrescentar as demais citadas e não menos importantes como calma, tolerância, sagacidade e lealdade entre o casal que deve buscar na comunicação a base para uma longa e saudável vivência.
Dr. Bayard Galvão
Psicólogo Clínico e Hipnoterapeuta
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